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Inteligência artificial e a reinvenção do redator pensante.

Atualizado: 12 de jul. de 2023

Não é mais uma questão de “se” ou “quando”. A inteligência artificial já influencia e está mudando para sempre o trabalho do copywriter. Agora, a pergunta de milhões é: será ela uma aliada ou uma ameaça para a profissão?

Caso você tenha acabado de chegar de outra dimensão, ou migrado de uma área totalmente oposta e acabado de descobrir o universo do copywriting, uma breve atualização:

Hoje, a inteligência artificial é o estado da arte em termos de tecnologia aplicada a produção de textos. Como num passe de magica, a partir de algoritmos que aprendem com os dados disponíveis na internet, ela gera conteúdos de forma rápida e automatizada para blogs, redes sociais, anúncios, e-mails, landing pages, vídeos e muito mais. Igualmente revolucionário é seu papel no design e artes visuais em geral, mas sobre isso (e muito mais!) você pode ler nas redes da nossa parceira @destoadsgn.


Certamente, isso é uma grande vantagem para quem precisa gerar conteúdo em quantidade e com agilidade. Mas será que a IA é capaz de substituir o trabalho criativo e estratégico do copywriter? O Texto Expresso considera esta ferramenta um divisor de águas, a evolução definitiva, uma parada realmente p*ca das galáxias, mas acredita que NÃO. Embora muito útil em diversas instâncias do dia a dia, a inteligência artificial ainda não tem a essencial capacidade de pensar por si. E mesmo que a adquira num futuro próximo, como já se anuncia, serão as reflexões de uma máquina, que nunca chorou, nunca sangrou, nunca tomou um porre de Campari.

No contexto mercadológico, se definirmos “pensar” como a capacidade de estudar o contexto, analisar o público e utilizar os diferenciais da sua marca, produto ou serviço em textos claros e coerentes… a inteligência artificial é capaz de concatenar esses dados com rapidez e eficiência impressionantes. No entanto, ao entrarmos no campo da criatividade, da geração de ideias originais e persuasivas, da argumentação que desperta a atenção e a emoção do leitor… nós temos ampla vantagem.

Não se subestime: ainda somos a tecnologia mais avançada.


O cérebro humano é uma máquina incrível, capaz de processar informações sensoriais, linguísticas, emocionais e cognitivas de forma integrada e complexa. Desenvolve novas habilidades e conhecimentos através da leitura, que muda literalmente a sua estrutura neural. E ainda pode dar um “upgrade” em sua capacidade através de exercícios como meditação, música e desafios intelectuais. Hoje, a Ciência já compreende o funcionamento de nosso cérebro como híbrido, um misto de analógico e digital. Essa adaptação aconteceu com uma rapidez sem precedentes na história, devido a nossa interação com a tecnologia, e comprova o que nosso processo evolutivo continua em pleno desenvolvimento.


Por outro lado, a IA ainda não consegue - e dificilmente conseguirá - reproduzir diversas capacidades inerentes aos seres humanos. Ela depende dos dados que recebe para gerar conteúdo, mas nem sempre esses dados são confiáveis ou atualizados. Ela também tem dificuldade em captar nuances de linguagem, como ironia, humor e metáforas. E ainda é plenamente incapaz de entender as emoções humanas e como elas afetam nossas escolhas, ou de estabelecer conexões verdadeiramente empáticas com as pessoas.


No que diz respeito a ameaçar empregos, SIM, isso é uma certeza. MAS trata-se de uma ameaça que atingirá prioritariamente profissionais pouco preparados, desatualizados, sem as bases teóricas e culturais necessárias ou uma real vocação para o ofício da redação. O maior impacto da inteligência artificial no mercado será essa grande filtragem, num setor que há anos é saturado de gente boa de papo e ruim de texto. Apenas os mais qualificados sobreviverão ao tsunami da automação. E você? Estará entre eles? O grau de empregabilidade do copywriter reside em sua capacidade de usar o raciocínio lógico para estruturar textos relevantes, que conduzam o leitor à ação ou tragam conteúdo diferenciado, contribuam para estabelecer o tom de voz da marca, encantem, divirtam, informem e estreitem ligações com seus públicos. Mas para ativar esse “powerup”, é fundamental que o profissional amplie e fortaleça a capacidade de pensar por si mesmo. Ao habituar-se com as respostas fáceis e instantâneas fornecidas pelas ferramentas com inteligência artificial incorporada, a mente fica mais preguiçosa e, gradualmente, “desaprende” a capacidade de ter insights e chegar criativamente às suas próprias conclusões.


De concorrente desleal a assistente super qualificada.


E se você inverter o jogo? Ao invés de temer ou tentar competir com a inteligência artificial, que tal colocá-la para quebrar pedras, enquanto você lapida diamantes? Com os prompts e imputs certos, a sua máquina pensante natural é capaz até de superar o desempenho de um copywriter incansável, com todos os dados da internet “na ponta da língua”. Mas, para isso, não basta seguir fórmulas prontas, usar gatilhos mentais e copiar o que outros pensaram e estão fazendo. Seu concorrente já faz isso muito melhor que você.


Idealmente, o profissional que vive da escrita deve ter senso crítico, estudar e ampliar continuamente seus conhecimentos e habilidades, com foco em três pontos essenciais: a originalidade, qualidade e personalidade de seu trabalho. Além disso, o cérebro humano precisa de certos cuidados, exercícios e atividades instigantes para se desenvolver melhor. O grande hacking está em dar a estas duas necessidades complementares uma atenção simultânea e contínua. Complexo? Cansativo? Metódico? Depende de como esse processo é encarado. Upgrades essenciais residem em sutis ajustes de rotinas, que podem ser implantados sem maiores esforços e refletem na melhora geral da saúde.


Hábitos que, segundo a neurociência, contribuem para a saúde e otimizam o desempenho do cérebro:


- Dormir bem. O sono é fundamental para consolidar memórias e eliminar toxinas cerebrais.


- Ter uma boa alimentação. Uma dieta equilibrada fornece os nutrientes necessários para o bom funcionamento das células nervosas.


- Praticar atividades físicas. O exercício aumenta a circulação sanguínea no cérebro e libera substâncias que melhoram o humor e a cognição.


- Aprender coisas novas. O aprendizado estimula a formação de novas conexões entre os neurônios, além de prevenir doenças degenerativas.


- Desafiar-se. Resolver problemas complexos, jogar xadrez ou sudoku, aprender a falar outro idioma ou dominar um instrumento musical são algumas atividades que desafiam o cérebro e aumentam sua capacidade.


- Socializar. Interagir com outras pessoas melhora as habilidades sociais e emocionais do cérebro e reduz o estresse.


- Estudar (muito). Quanto mais conhecimento você tiver sobre o seu nicho de mercado, sobre as técnicas de copywriting e sobre as tendências do mundo digital, mais preparado estará para gerar conteúdos relevantes e atualizados.


- Ler (mais ainda!). Quanto mais contato você tiver com diferentes tipos de textos, mais ampla será a sua visão sobre as possibilidades da linguagem escrita.


- Escrever (nem se fala). Quanto mais prática você tiver na escrita criativa, mais naturais e fluidas se tornarão suas conexões mentais.


Não basta seguir estes comandos, como se fosse uma máquina. Prepare-se criativamente!


Fora do trabalho, ou do horário de expediente, continue a estimular e exercitar seu cérebro todos os dias. O grande lance é evitar fazer disso uma outra obrigação, mas algo naturalmente incorporado aos seus hábitos. Escolha livros de estilos variados, filmes inspiradores, pessoas interessantes, cursos estimulantes, hobbies divertidos… Faça o contrário da inteligência artificial e nutra sua mente com novas experiências e conhecimentos, não apenas informação.


Pensar de forma autônoma é usar o seu cérebro como uma ferramenta poderosa, capaz de criar conteúdos incríveis que geram valor para os seus clientes ou para os seus leitores. É ter a sua cultura como uma rica fonte de referências para conteúdos originais, que se destacam da concorrência. Seja protagonista do seu destino, personagem principal da sua história, e cresça constantemente na carreira e na vida pessoal. Quanto mais pensamos por nós mesmos, melhor fica essa “máquina” insuperável chamada cérebro - que comparada à inteligência artificial, pode até ser considerada lenta… Mas pode ir muito mais longe, e até mesmo de criar novos caminhos.

Explore suas capacidades e surpreenda-se!

22 visualizações1 comentário

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1 commento


Fabiana Pinheiro
Fabiana Pinheiro
12 lug 2023

Que maneiro!!

Adoramos o texto e a menção! 😍😍

Acreditamos que a inteligência artificial veio pra nos ajudar a ter mais tempo de fazer as coisas que amamos.. hehehe


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